Você se ama?

Você se ama?

A auto estima se forma a partir dos sentimentos que temos em relação a nós mesmos, a partir de como pensamos a nosso respeito, surge como um autoconceito e sinônimo de autoconfiança, auto-respeito e auto aceitação. A auto estima é quem determina se somos capazes de solucionar problemas, de manter a capacidade, de se respeitar, de sentir-se confiante, adequado e merecedor.

Problemas de auto estima caracterizam-se por se tratar de percepções complexas e negativas de si mesmo, porém não se constitui como um transtorno mental, mas trata-se de um elemento presente em distúrbios ou em diversos problemas que são mantidos por nós mesmos. Os sofrimentos resultantes da auto estima rebaixada pode ser casos de depressão, ansiedade, síndrome do pânico e casos de abuso de álcool, suicídio, violência, os quais apresentam auto estima negativa envolvida. Nossa auto imagem reflete de forma decisiva em nossas relações amorosas e profissionais, colocando em ação mecanismos de auto sabotagem.

A formação da estima se inicia nos primeiros contatos da infância, utilizando do respeito, amor, valorização e encorajamento a determinadas atividades, porém alguns estudos conduzidos na Inglaterra já indicam que fatores genético/hereditários podem estar fortemente envolvidos.

A estima também pode ser retrabalhada na idade adulta, focando felicidade e aceitação, minimizando pensamentos de inadequação, medos, insegurança e culpa, porém algumas pessoas não conseguem sozinhas modificar a visão de si próprio, pois já fizeram anteriormente julgamentos extremistas sobre si, usando de radicalismo, sendo seu próprio carrasco, prejudicando a própria capacidade e vivendo com o sentimento de inferioridade.

Alcançar o tão sonhado cargo, aquela graduação, bens materiais, passar por cirurgias plásticas, se casar, etc.. São fatores que podem até fazer a diferença por algum período, mas se por dentro do indivíduo não estiver bem instalada a valorização de si, o resultado será tempo e dinheiro perdido para tentar comprar a autoconfiança.

Ter consciência de si próprio significa usar de forma adequada sua capacidade de reflexão e raciocínio, sair do pensamento automático, pois existir é pensar, é se auto avaliar em todas as relações e situações e a auto aceitação implica em aceitar seus sentimentos, inclusive os negativos.

Regras básicas para elevar a auto estima:

  • Busque manter reflexões a respeito de seus erros do passado e se por ventura se deparar com algo sem resolução, busque aceitar a situação, esquecendo erros e se concentrando no que pode ser melhorado.
  • Busque dar maior sentido a vida, procure metas e focos a seguir, pessoas se tornam mais satisfeitas consigo mesmas e apresentam auto-estima elevada e estável quando podem melhorar suas vidas com seu próprio trabalho.
  • Tudo na vida possui duas faces, concentre sua atenção nos aspectos positivos, nossa percepção deve ser treinada para buscar o melhor de tudo.
  • Pratique regularmente atividades físicas, pois elas ajudam a elevar a auto-estima ao melhorar a saúde e a qualidade de vida em geral.
  • Procure olhar seus sentimentos de frente, conhecendo suas possíveis inseguranças, seus medos, sua raiva e o que eles estão querendo lhe dizer. Desta forma, entramos em um processo de descoberta interna que eleva naturalmente a estima e se sentir necessidade, busque ajuda profissional.

De acordo com a Revista Veja, Edição 2015, a psicologia moderna não aceita jamais a ideia de que alguém com auto estima em excesso possa obter resultados negativos como complexos de superioridade e arrogância, pois estes pertencem à outra natureza. Uma pessoa com auto estima elevada acredita que tem o controle da própria vida, sente-se confiante em lidar com os contratempos e almeja alcançar o sucesso na vida pessoal e profissional.

Autor: 
Estela Cristina Parra

Psicóloga Clínica e Organizacional
CRP: 06/119083

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