HIPNOSE: Saiba mais

HIPNOSE: Saiba mais

Foto: Estela C. Parra e Inês Marcel, autora do livro “Hipnose terapêutica” e Docente Asociación Internacional de Hipnosis Clínica y Experimental da Espanha.

HIPNOSE: MITOS E REALIDADE

A hipnose médica (ou hipnoterapia) foi inicialmente recebida com reservas, mas voltou com força total após a Segunda Guerra Mundial, sendo indicada como um método válido pelas principais entidades médicas internacionais. No Brasil, a hipnose passou por séria descrença, por ter sido muitas vezes utilizada em palco e por pessoas não qualificadas medicamente. Atualmente, a hipnose é reconhecida como um tipo de tratamento adequado como um método de valor e tem sido muito utilizada como terapia para pacientes que buscam alteração do sistema imune e  alívios diversos através da psiquê.

A hipnose geralmente não é um tratamento único, sendo utilizado como coadjuvante da psicoterapia nos cuidados de sintomas como ansiedade, redução do estresse, tratamento de traumas psicológicos, doenças psicossomáticas, dentre muitos outros.

Mas então o que é a hipnose?

A hipnose é uma técnica de indução ao transe, simples como um estado de relaxamento semi-consciente (progressivo). O transe acontece de forma gradual (em etapas).

A hipnose nos leva a várias alterações da percepção sensorial de nossas funções intelectuais, exacerbação da memória, e das funções motoras, porém mantendo nossa crítica a respeito de nossas ações. Estabelece-se assim um estado de alteração de estado da consciência, um estado de quase sono, porém sem dormir!

Em média, 90% das pessoas são hipnotizáveis a nível das necessidades terapêuticas, algumas pessoas não chegam a etapas mais profundas, pois todos possuímos graus diferentes de sensibilidade.

A hipnose tem muitas indicações específicas em Psicologia, Psiquiatria e em Medicina Geral, o controle dos impulsos é outra excelente área de atuação para a hipnoterapia, pois esta se revelou de grande valor para o tratamento de distúrbios das condutas e impulsos, tais como: alterações de comportamento alimentar (obesidade, anorexia e bulimia); Impulsos inibidos ou exacerbados da sexualidade e a correção de suas disfunções em todas as faixas etárias; Controle do impulso do jogo; Diferentes dependências químicas.

A hipnose é técnica terapêutica exclusiva dos médicos, psicólogos e dentistas.

A Hipnose foi regulamentada pelo decreto Nº 51.009 de 22/07/1961, assinado pelo Presidente da República Jânio Quadros. O decreto proibia o uso da hipnose em espetáculos de qualquer tipo ou forma, em clubes, auditórios, palcos, ou estúdios de rádio e televisão. O decreto foi revogado pelo ex-presidente Fernando Collor através do decreto N º 11 de 19/01/1991.
Os profissionais médicos, dentistas e psicólogos são orientados pelos Códigos de Ética Profissionais sobre a utilização da Hipnose para fins científicos, de pesquisa, tratamento e cura.

Em 20 de dezembro de 2000, o Conselho Federal de Psicologia aprovou e regulamentou o uso da Hipnose como recurso auxiliar no trabalho do Psicólogo através da Resolução CFP nº 013/00.
Em 1999, o Conselho Federal de Medicina emitiu um parecer sobre a Hipnose Médica (Parecer CFM nº 42/1999), recomendando que os profissionais de saúde utilizassem o termo Hipniatria, para diferenciar a Hipnose Médica, com fins terapêuticos.
A Hipnose para os Odontólogos está regulamentada pela Lei N º 5.081 de 24/08/66, no art. 6º, par. I-VI.


Estela Cristina Parra

Psicóloga Clínica e Organizacional
CRP: 06/119083

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