Um estranho em mim… A fobia social

Um estranho em mim… A fobia social

Mal estar ao ter contato com outras pessoas, medo de conversar com alguém, desespero ao pensar em ir para shoppings, cinemas, casas de amigos ou festas… Mãos trêmulas, voz desaparecendo, perdas repentinas da memória, aceleração dos batimentos cardíacos, desarranjos intestinais e alterações rápidas da personalidade…

Que desesperador é algo controlando minha vida e meus comportamentos!

A fobia social pode ser compreendida como uma das faces da ansiedade, gerada quando o indivíduo é submetido à avaliação de outras pessoas. Esta ansiedade não necessita estar presente em todas as atividades do dia a dia, pois geralmente são identificadas em situações bem definidas.

Podemos caracterizar estes sintomas como um medo intenso de ser julgado ou humilhado publicamente por outras pessoas, o que consequentemente pode gerar ataques de pânico, palpitações no coração, mal estar, falta de ar e suor excessivo. Desta forma, é incorreto considerar que estes sintomas sejam classificados como timidez, pois se trata de um medo fora do comum e incontrolável.

De acordo com a Associação Americana de Distúrbios da Ansiedade, 75% das pessoas que possuem fobia não recebem ajuda, pois o próprio pedido de ajuda já é um constrangimento e grande parte destes sujeitos não sabem o que têm ou não sabem onde buscar ajuda.

Atitudes a se pensar…

Se você possui vontade de ficar por muito tempo fechado em seu quarto, assistindo televisão ou de frente ao computador sem o contato direto com pessoas, pode ser um sinal da fobia, pois ser uma pessoa reservada é diferente de estar isolada.

Os sintomas da fobia social aparecem diferentes de um caso para outro. Alguns pacientes narram sentir forte desejo de fuga do local onde estão, assim como o sofrimento por antecipação com situações onde estará sob apreciação alheia como escrever, falar, assinar em público, dirigir ou estacionar um carro enquanto é observado.

A fobia social afeta mais os homens do que mulheres e possui um início incerto e gradual dos sintomas, fator que pode dificultar o diagnóstico, sendo mais fácil ser notado pela timidez acentuada de algumas pessoas durante a infância e adolescência.

Ainda não se encontram casos de fobia social iniciado após os trinta ou quarenta anos de idade, mas não significa que não possa acontecer.

O tratamento deve ser medicamentoso, feito diretamente com profissionais da psiquiatria em união às sessões de psicoterapia para que os resultados sejam alcançados após um ou dois anos.

Se você sente grande dificuldade para conversar com pessoas ou fazer novas amizades, busque ajuda, principalmente porque estes sentimentos costumam ser acompanhados de outros sintomas físicos mais críticos.

Autor: 
Estela Cristina Parra

Psicóloga Clínica e Organizacional
CRP: 06/119083

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