Pânico… ultrapassando o medo

Pânico… ultrapassando o medo

Você já deve ter ouvido falar da síndrome do pânico e de pessoas que apresentam sentimentos de terror, pessoas que sofrem de crises e ataques graves que acontecem sem avisos ou explicações, podendo ocorrer até mesmo durante o sono.

Estes ataques acontecem de surpresa, pois dependem de uma alteração interna e forte ansiedade, independente do momento ou local, podendo durar em média de 10 minutos a 2 horas.

O ataque de pânico produz em suas vítimas o disparar do coração, sudorese, sensação de fraqueza, tonturas e entorpecimentos, calafrios, dores angustiantes no peito, náuseas e muito medo de fatores incertos que os levam a pensar que estão passando por um mal súbito e que certamente os levará a morte.

A melhor forma de diagnosticar o transtorno do pânico se dá buscando profissionais da psiquiatria e psicologia, devendo considerar todos os sintomas e recorrência de crises, assim como o estilo de vida do paciente, excluindo-se primeiramente doenças cardíacas, hipertireoidismo, hipoglicemia e a epilepsia.

É comum que o transtorno de pânico provoque outra perturbação emocional – o medo de sentir-se mal novamente, levando o paciente a buscar razões que justifiquem seus medos como a evitação de locais fechados, medo de ficar sozinho, medo de sair desacompanhado, desespero ao ir para lugares públicos (com aglomeração).

Estes medos podem provocar grande problematização de atividades comuns, pois muitos destes pacientes passam a sentir-se extremamente dependentes dos outros, deixando de lado sua liberdade, suas relações sociais e profissionais, as quais são abaladas, pois passam a sentir-se incapazes e deprimidos.

O álcool e outras drogas são saídas comuns de algumas pessoas, pois seus efeitos provocam falso alívio e relaxamento, como se curassem temporariamente os sintomas, porém provocam grande piora dos quadros em geral.

Estas perturbações psíquicas são progressivas, apresentando pioras dos sintomas e até o desenvolvimento de fobias, geralmente se iniciando com alguma experiência traumática que fica registrada em um tipo de memória emocional, disparando automaticamente novas crises sem a participação consciente do paciente.

O tratamento do pânico não se dá apenas em cessar as crises, existe ainda a necessidade de tratar o estado interno frágil e desamparado resultante, até que o próprio paciente consiga demonstrar novas capacidades de sentir-se sob controle de seu corpo, mediando seus sentimentos internos de forma satisfatória.

A superação deste transtorno gera crescimento pessoal e excelente retomada das rédeas da vida e trata-se de um grande e rico processo psicológico, sendo assim familiares e pacientes, invistam no conhecimento pessoal, invistam na busca de maior qualidade de vida, consultem um psicólogo.

Autor: 
Estela Cristina Parra

Psicóloga Clínica e Organizacional
CRP: 06/119083

Share this Post: Facebook Twitter Pinterest Google Plus StumbleUpon Reddit RSS Email

Comments