Renda-se às suas emoções…

Renda-se às suas emoções…

A origem da palavra “emoção” do latim pode ser entendida como uma movimentação, que ocorre de dentro para fora de nós. Esta movimentação pode ser percebida em nosso dia a dia, pois não temos dúvidas de que a emoção é um impulso que nos motiva e pode sim por muitas vezes nos fazer sentir maior felicidade ou realização.

Mas por que será que ser guiado pela emoção possui uma visão tão negativa para algumas pessoas?

Será mesmo que uma atitude emocional pode ser considerada irracional?

A resposta é não, pois emoção e razão não são inimigas uma da outra, o que podemos constatar com nossas experiências. Imagine-se em sua vida sem a possibilidade de vivenciar sentimentos!

Como dizia o filósofo e idealista alemão Georg Hegel: “Nada de grande jamais se fez sem paixão”. As emoções nos ajudam a demonstrar nossos sentimos uns pelos outros, assim como o reforça nossos sentimentos de paixão por uma causa nobre e nos auxilia a conviver em sociedade. Resumindo, nossa vida seria uma chatice sem fim sem as nossas emoções, pois elas nos fazem sentir vivos, afinal os seres humanos são plenamente emocionais.

A definição de Platão para o amor encontrado na literatura grega reflete a necessidade humana para com as emoções, pois diz:  Amor é falta, é frustração, é sofrimento e que nós seres humanos amamos o que não temos dentro de nós, amamos o que nos falta.

Nossas emoções estão intimamente vinculadas com a distribuição e redistribuição de energia de nosso corpo, estando localizada na raiz do nosso psicológico e as experiências advindas acabam impulsionando ao nosso desenvolvimento de personalidade.

Como lidamos ou controlamos nossas emoções depende muito da forma como aprendemos a fazer isso, tendo em vista nossas vivências com nossos pais e com outros familiares, pois estes comportamentos são perpetuados de acordo com as nossas relações e a escolha entre usar mais a razão ou mais a emoção em decisões também se pauta neste contexto.

O desafio se encontra em buscar o equilíbrio em podermos confiar em nossos sentimentos e ao mesmo tempo seguir nosso coração sem deixar a racionalidade de lado.

Uma bela passagem do filósofo grego Aristóteles pode nos fazer entender melhor este tema, disse ele:

“Toda a gente pode ficar zangada, isso é fácil, agora ficar zangado com a pessoa certa, na medida certa, no tempo certo, pelo propósito adequado e da forma adequada, isso sim já não é tarefa fácil. Pois isso envolve integrar coração e razão.”

Todos somos humanos e temos todo direito em errar ou acertar e receber louros. Desta forma a psicoterapia possibilita pessoas a conseguirem lidar com este atrito entre razão e emoção de forma mais eficiente, minimizando sofrimentos que por muitas vezes pode ser desnecessário para nossas experiências.

Realizar escolhas nem sempre é fácil, buscar maturidade e equilíbrio é necessário para nossas vidas. Se você sentir necessidade, busque a psicoterapia, pois neste espaço profissional e técnico é possível realizar mudanças internas, transformar ideias, criar novos significados para valores que por vezes provocam sofrimentos psíquicos.

A grande luta entre razão e emoção é um dilema antigo e geralmente pode ser resolvido quando se coloca uma em oposição à outra. Pense que onde há emoção, há vida.

Autor: 
Estela Cristina Parra

Psicóloga Clínica e Organizacional
CRP: 06/119083

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