Chute para longe o preconceito com a psicoterapia

Chute para longe o preconceito com a psicoterapia

 

Muitas pessoas se questionam sobre os benefícios de passar por sessões de psicoterapia, assim como surgem muitas dúvidas a respeito das diferenças entre a psicoterapia, psicanálise e outras terapias.
Este texto tem como objetivo explicar alguns pontos importantes de cada técnica, assim como demonstrar aos leitores a importância do autoconhecimento que, todos precisamos manter para administrarmos melhor nossos impulsos e comportamentos.
A Psicoterapia é um processo de tratamento pautado em métodos científicos e propósitos psicológicos. Trata-se de uma estratégia de intervenção utilizada por psicólogos clínicos para cuidar das dificuldades humanas e resolução de crises vitais/acidentais. A psicoterapia trata da minimização de sintomas agudos, quadros de transtornos mentais, angústia, fobia, paranoia, entre outros. Diversas são as abordagens utilizadas, assim como diversos são os benefícios, exemplos: melhor adaptação familiar, social, melhorias no enfrentamento de situações críticas, psicoterapias individuais, de casais ou grupais, sempre focando melhorias na qualidade de vida dos pacientes.

A Psicanálise, conceituada pelo Dr. Sigmund Freud trata-se de uma disciplina científica de investigação dos processos mentais inconscientes. A estratégia utiliza-se da atenção do psicanalista, o qual irá analisar e interpretar a tudo que vem da mente do paciente. De modo geral, a psicanálise tende a ser um tratamento em longo prazo e o psicanalista não possui necessariamente a formação de psicólogo, porém possui como maior objetivo a análise e modificações da estrutura interior do psiquismo humano.

O termo Terapia é utilizado de forma ampla para a busca de cura de doenças diversas e é utilizada por uma grande gama de profissionais da área da saúde, não necessariamente psicólogos, mas as mais variadas formações que trabalham com diversas formas de intervenção e buscam a promoção da saúde, com técnicas de acupuntura, psicanálise, shiastu, reiki, radiestesia, psicoterapia, hipnose, etc.
Todas nossas trocas emocionais e conflitos interpessoais acontecem consciente/inconscientemente. Afetamos e somos afetados todos os dias pelas pessoas à nossa volta e muitas vezes não notamos a dimensão do todo em que estamos inseridos. Sendo assim, absorvemos e vivenciamos experiências, adquirimos e desenvolvemos capacidades e habilidades, assim como também adquirimos traumas e preconceitos.
Um dos objetivos principais do acompanhamento psicológico/psicoterapêutico é a tomada de consciência de si, pois todos somos diariamente submetidos às constantes conflitos afetivos, resultando em formações de vínculos construtivos e/ou destrutivos, os quais estão inerentes ao nosso processo evolutivo como seres humanos.
Conflitos acontecem de forma natural e são resultantes de nossas diferenças pessoais, que só são notadas e passam a incomodar ao identificarmos sintomas negativos resultantes em nosso corpo, os quais são indicadores de nossos desequilíbrios emocionais e psíquicos. O trabalho de um analista consiste em acolher, mediar e estimular o paciente a utilizar deste confrontamento de ideias para ampliar conceitos, ajudando no processo de conscientização, entendimento e ressignificação de conflitos, viabilizando de forma técnica a cura interior, com toda segurança, ética e sigilo.
Pessoas analisadas ou que passam por processo de psicoterapia conseguem amadurecer e culpar menos o mundo ao redor pelo seu sofrimento pessoal, pois conseguem mensurar e assumir a responsabilidade de si mesmo, pelo seu futuro, tornando-se mais conscientes, mais fortes e responsáveis por seus problemas e por sua identidade.

A passagem pela análise ou psicoterapia pode ajudar a transformar seu jeito de ser e de ver o mundo, conhecendo-se profundamente. Trata-se de um acompanhamento que pode mudar uma ou muitas vidas, sendo assim, chute para longe o preconceito com as psicoterapias, pois estamos nos referindo a seres humanos que possuem falhas, acertos e estão em busca de tornarem-se pessoas melhores, como todos deveriam fazer buscar.

Autor: 
Estela Cristina Parra

Psicóloga Clínica e Organizacional
CRP: 06/119083

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