O terrível inimigo das relações

O terrível inimigo das relações

No Estado de São Paulo foram registrados mais de 17 mil divórcios somente em 2013, mais de 6% de crescimento em relação ao ano de 2012. Estudos clínicos indicam que os motivos das separações são diversos, desde a sexualidade insatisfatória, problemas financeiros, traições, ciúmes, incompatibilidade de gênios, males psiquiátricos não cuidados e o que mais dificulta relações por incrível que pareça é a falta de “comunicação” entre os casais.

A inexistência completa, falha ou distorção da comunicação consegue gerar grandes erros na interpretação de ideias e distorções da imagem do parceiro, pois temos ativo na nossa mente um filtro que grita muito mais alto nossas emoções, traumas e concepções.

Dependendo do momento emocional em que estamos imersos, acabamos por constituir relações baseadas em estruturas indevidas, resultando em bolas de neve de conflitos e sofrimentos.

Tudo se transforma começando por nós mesmos, sendo assim amor e paixão também se transformam. O amor sofre uma mutação com o passar dos anos, transformando-se em algo mais calmo, mantido pela cumplicidade, crescimento do casal, formação de uma família, porém necessitando de estímulos para não ser engolido pela rotina, evitando que problemas desgastem mais ainda a relação.

Casais atuais precisam retomar o bom bate papo, o passeio de mãos dadas, o olhar nos olhos e sorrir, o toque em público, pois muitos casamentos se desfazem pela falta da exposição, tanto exposição de desejos como de insatisfações, estas que ao longo do tempo pode minar sua relação.

Infelizmente, como em todos os males, as pessoas só buscam ajuda quando realmente a situação já está muito complicada, quando os males já estão tomando conta da situação e a mágoa acumulada, gerando rancor, falta de respeito, impedindo o resgate de um grande amor.

Relacionar-se é difícil, porém aceitar diferenças de criação, das formas de pensar e enxergar o mundo nos ajuda a evitar o amor líquido, escorrendo pelos vãos dos dedos. Se relacionar é uma troca rica que exige renúncias de ambas as partes, mas pode transformar vidas, garantindo realizações de sonhos que talvez não se alcance solitariamente.

Não é nada agradável ouvir que estamos errados, principalmente vindo de quem amamos, mas saibam que atitudes defensivas, recusa de diálogos em nada ajudarão no fortalecimento dos laços entre casais. Quando o convívio é pobre de comunicação, vínculos se enfraquecem, favorecendo a falta de respeito, desconfiança, dúvidas, o que quase sempre destrói a relação.

DICAS

  • Não tenha medo de errar ou de não ser compreendido pelo seu parceiro, grande parte dos medos dos casais não são reais, acredite no sentimento que existe entre vocês;
  • Tente não se preocupar demais, busque enxergar o lado positivo da relação, tente controlar a voz interna que grita e teima em te fazer pensar o pior;
  • Busque perceber se possui baixa estima, tente entender como funcionam suas emoções e reações, acredite mais no sucesso de sua relação, tente a psicoterapia para auxiliá-lo neste ponto.
  • Enxergue seu parceiro como parceiro de um jogo, seu cúmplice, amigo e tente criar este vínculo, certamente se divertirão muito mais.

Como já dizia Henri Ford “Se você acha que pode ou se acha que não pode, em ambos os casos você está certo”. Não desista de sonhos, muito menos de pessoas que já te fizeram um dia sentir-se feliz, importante e amado! Pois o tempo pode até mudar seus novos pensamentos, mas não mudará nunca a história que viveram, os momentos felizes que tiveram e os difíceis que certamente muito a vocês ensinaram.

“Ao Sr. P e S” – Texto dedicado a um lindo casal, que como tantos outros, buscaram terapias alternativas no intuito de serem os maiores parceiros do jogo da vida, o que certamente promoverá resultados de sucesso, pois meios se estabelecem e o universo conspira a favor de seres de boa vontade.

A psicoterapia para casais promove uma maior compreensão mútua, criando espaços para uma melhor escuta, dissolução de atritos emocionais, reativando a atividade da melhor comunicação, alterando em grande parte a saúde da relação.

Autor: 
Estela Cristina Parra

Psicóloga Clínica e Organizacional
CRP: 06/119083

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