A luta contra o estresse
Desde a idade da pedra o homem é submetido a perigos e ameaças externas, perigos estes que exigem respostas de luta ou fuga. Estas respostas ao medo, susto ou ansiedade acabam por gerar reações cerebrais que são refletidas por todo nosso organismo.
As ameaças que antigamente eram ataques de animais ferozes ou enfrentamentos, atualmente foram substituídas por situações do cotidiano como atritos no ambiente de trabalho e/ou familiar, dificuldades nos relacionamentos, trânsito caótico, problemas financeiros, assaltos e perigos das grandes cidades.
Nosso organismo é extremamente inteligente, nosso cérebro é especializado em regular nosso corpo de acordo com os acontecimentos a nossa volta, buscando equilíbrio na intenção de garantir nossa sobrevivência, criando nossas sensações e emoções.
Ao identificar um perigo ou desafio nosso cérebro inicia um processo de defesa, se armando contra estes inimigos (sejam eles reais ou imaginários), provocando uma revolução interna em nosso corpo, assim como: alterações na pressão arterial, mudanças na respiração, enrijecimento da musculatura e até mesmo na produção de hormônios como a adrenalina, para que possamos lidar com nossos agressores.
Após toda produção criada por nosso cérebro para o ataque, teremos que pensar em nossas censuras morais, as quais nos ensinam a manter educação e um comportamento socializado. Resultando em seres nervosos e submetidos a engolir sapos, mantendo frustrações e aborrecimentos, que nos leva a um organismo armado e dia a dia envenenado por si próprio.
Este é o estresse!
Um instinto que pode provocar desde uma leve dor de barriga até um importante infarto, pois nosso cérebro não consegue identificar se nossos pensamentos são fatos reais ou apenas medos e ilusões que nos assombram.
Estresse significa pressão, esforço contrário, reação contra algo que nos irrita e altera nosso equilíbrio natural. Algumas pessoas conseguem se adaptar mais facilmente ao estresse, mas este mal ainda pode ser considerado uma psicopatologia e não basta ser compreendido, deve ser reconhecido e devidamente controlado, principalmente porque um organismo após anos de estresse mal administrado torna-se mais enfraquecido e sujeito a muitas doenças.
Saiba identificar alguns dos sintomas físicos e psicológicos do estresse:
– Aumento da pressão arterial;
– Problemas gastrointestinais;
– Cansaço físico e mental;
– Dores de cabeça;
– Distúrbios do sono;
– Alterações de apetite;
– Erupções na pele como acne, herpes e verrugas;
– Aparecimento de aftas;
– Alterações de ansiedade e tensão;
– Aumento da irritabilidade e raiva;
– Sentimentos de frustração e ressentimento;
– Sentimentos de Insatisfação;
– Perda da concentração e da criatividade;
– Imagem negativa de si e baixa estima.
A intenção inicial na luta contra o estresse não é de eliminá-lo completamente, pois em doses baixas ele ainda pode auxiliar e impulsionar na resolução de problemas, mas este mal ainda causa grandes desorganizações psicológicas, emocionais e físicas em muitas vidas.
Busque profissionais que lhe auxiliem e promovam bem estar físico e mental, conte com a psicoterapia como uma forma técnica, ética e profissional para lhe auxiliar nesta jornada.
Autor:
Estela Cristina Parra
Psicóloga Clínica e Organizacional
CRP: 06/119083
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