Crise de adolescência no bebê
Para as mamães que viam seus bebês como verdadeiros anjinhos e recebem a surpresa dos 18 meses de idade, tenham calma, não se assustem e acreditem que “vocês não são as únicas a passarem por isso”.
De uma forma geral grande parte das crianças de 1 ano e meio até os 3 anos de idade passam por esta fase de adolescência, onde o padrão de comportamento costumeiro é alterado pelas influências do próprio desenvolvimento mental, fazendo com que se tornem mais irritadiços.
Podemos considerar que nem todas as crianças apresentam as características mais fortes desta fase, mas todas elas estão sujeitas, até mesmo as mais submissas e calmas acabam surpreendendo os pais com seus ataques de birra, frequentes crises de chatice e malcriações sempre que a vontade da criança é contrariada.
Pais e mães mantenham a calma, pois nesta fase é comum o surgimento do desejo de contrariar os pais, naturalmente aparecendo o choro fácil, gritos, agressões e auto agressões.
A palavra “adolescência” tem origem do latim que significa crescer, desta forma naturalmente a adolescência carrega muitos questionamentos e instabilidade, principalmente quando o bebê busca explorar novidades e recebe a palavra “não” sendo inserida em seu vocabulário.
DICAS
- Atente-se nos comportamentos de seu bebê caso perceba falta ou excesso de apetite, alterações no sono, sinais de maus tratos no corpo, medo no enfrentamento de situações rotineiras e evitação de contato social.
- Em situações delicadas, abaixe-se na altura da criança e converse com calma e carinho.
- Não permita que o mau comportamento se instale, por mais difícil que seja, mantenha sua decisão (regra) e tente suportar gritos e más-criações.
- Da mesma maneira que não devemos aceitar as birras, demonstre para a criança quando ela apresentar um bom comportamento.
- No momento da crise e da birra tente não negociar, mantenha-se ao lado da criança e aguarde ela se acalmar, tente abraçá-la e demonstrar compreensão.
- Punir seu bebê retirando-o de perto de pessoas ou crianças somente promove maior demora na compreensão e assimilação desta fase, pois este é um momento de aprendizagem.
- Agir com amor, afeto e respeito modifica não só a vida destes bebês, mas a vida de qualquer ser humano, pois as dificuldades tornam-se menos doloridas.
- Mantenha regras claras e perceba que o comportamento dos pais deve servir como exemplo, pois será imitado pela criança.
- Caso seu bebê esteja agressivo e bata em outras pessoas, entenda que é a forma que ele possui de demonstrar descontentamento mesmo não sendo aceitável, ele necessita de controle e regras claras, mas está descontente.
- Caso seu bebê esteja se auto agredindo, pense que ela está tentando chamar sua atenção, pois normalmente este comportamento provoca a comoção dos pais. Todas as crianças também possuem o direito de estarem bravas, tristes, frustradas e irritadas, assim como os adultos.
A vida nos coloca em diversas situações que provocam sentimentos ruins e inevitáveis, indico que pais e familiares mantenham-se atentos aos comportamentos de suas crianças e notem se estes comportamentos estão modificando o estado emocional delas, fator que merece maior atenção, pois a repetição de arranhões e agressividade pode exigir maiores cuidados psicológicos, pois pode significar que a criança está em grande angústia.
Após esta fase seu bebê se tornará mais independente, começará demonstrar opiniões e desejos como qualquer ser humano que está neste mundo para aprender e viver seus pensamentos e vontades que são únicas, com sua personalidade sendo formada. Este momento é difícil para o bebê e para familiares, mas é apenas a primeira parte de muitas outras descobertas e adaptações ao mundo que os pais assistirão de camarote, então aproveite e curta esta pequenina vida que está ao seu lado da forma mais bela que puder, sempre com amor.
Autor:
Estela Cristina Parra
Psicóloga Clínica e Organizacional
CRP: 06/119083
